sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

7° - Português

27/02/15

Leitura 

           Eu, Marília, não fui nenhum vaqueiro,
           fui honrado pastor da tua aldeia;
           vestia finas lãs e tinha sempre
           a minha choça do preciso cheia.
           Tiraram-me o casal e o manso gado,
           nem tenho a que me encoste um só cajado.

           Para ter que te dar, é que eu queria
           de mor rebanho ainda ser o dono;
           prezava o teu semblante, os teus cabelos
           ainda muito mais que um grande trono.
           Agora que te oferte já não vejo,
           além de um puro amor, de um são desejo.