31/07/15
3º Bimestre
Notas:
- 10,0 = pesquisa
- 10,0 = apresentação
- 10,0 = relatório
* Total dividido por 3.
ENERGIA E MEIO
AMBIENTE
Seria impossível falar de energia sem associar o meio
ambiente ao tema, pois toda a energia produzida, é resultado da utilização e
transformação das forças oferecidas pela natureza. Se voltarmos um pouco na
história da energia veremos que no começo o homem queimava os troncos e galhos
de árvores para fazer o fogo, sendo que até a invenção da máquina a vapor essa
prática não prejudicava tanto as florestas. Mas após o advento da máquina a
vapor a devastação de florestas começou com grande intensidade, chegando a se
destruir imensas florestas nos países europeus, para a geração de vapor. Temos
há aproximadamente 150 anos, a utilização dos combustíveis fósseis em geração
de energia e força motriz. Nos últimos anos, isso tem se intensificado com o
crescimento da indústria automobilística (que vem colocando um grande número de
veículos circulando pelas grandes cidades do planeta), e também com a grande industrialização
dos países desenvolvidos e em desenvolvimento, que juntos emitem bilhões de
toneladas de gases na atmosfera provocando tremendos impactos negativos ao meio
ambiente do planeta. Esses fatores trazem alterações climáticas provocadas
principalmente pelo efeito estufa e a destruição da camada de ozônio. Quando
construímos uma Usina, seja ela Hidroelétrica, Termelétrica ou Termonuclear,
sempre haverá um impacto no meio ambiente, umas menos que outras, mas sempre
tendo algum tipo de agressão ao meio ambiente. Embora praticamente todos os
tipos de geração de energia, de alguma forma tragam impactos negativos ao meio
ambiente, a energia precisa continuar sendo gerada para poder atender ao
crescimento da população e suas necessidades de desenvolvimento e
sobrevivência. O que precisa ser feito é a conscientização do homem para a
exploração e utilização de fontes de energia renováveis e de menor ou nenhum
impacto para o meio ambiente, e também uma mudança cultural da forma de
utilização da energia para o atendimento de suas necessidades, procurando
utilizá-la de forma inteligente, racional e responsável. O sistema
energético compreende as atividades de extração, processamento, distribuição e
uso de energia e é responsável pelos principais impactos ambientais da
sociedade industrial. Seus efeitos nocivos não se restringem ao nível local
onde se realizam as atividades de produção ou de consumo de energia, mas também
possuem efeitos regionais e globais. Na escala regional pode-se mencionar, por
exemplo, o problema de chuvas ácidas, ou ainda o derramamento de petróleo em
oceanos, que pode atingir vastas áreas. Existem ainda impactos globais, e os
exemplos mais contundentes são as alterações climáticas devidas ao acúmulo de
gases na atmosfera (efeito estufa), e a erosão da camada de ozônio devida ao
uso de CFCs (compostos com moléculas de clorofluorcarbono) utilizados em
equipamentos de ar condicionado e refrigeradores. Todas as etapas da indústria
energética até a utilização de combustíveis provocam algum impacto ao meio
ambiente e à saúde humana. A extração de recursos energéticos, seja petróleo,
carvão, biomassa ou hidroeletricidade, tem implicações em mudanças nos padrões
de uso do solo, recursos hídricos, alteração da cobertura vegetal e na
composição atmosférica. As atividades de mineração (carvão e petróleo) empregam
cerca de 1% da mão de obra global, mas são responsáveis por cerca de 8% dos
acidentes de trabalho fatais. As atividades relacionadas com a produção e uso
de energia liberam para a atmosfera, água e solo diversas substâncias que
comprometem a saúde e sobrevivência não só do homem, mas também da fauna e
flora. Alguns desses efeitos são visíveis e imediatos, outros tem a propriedade
de serem cumulativos e de permanecerem por várias décadas ocasionando
problemas. A seguir, apresentamos as principais consequências ambientais
decorrentes da produção e usos dos energéticos mais importantes.
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
O setor energético é responsável por 75% do dióxido de
carbono lançado à atmosfera, 41% do chumbo, 85% das emissões de enxofre e cerca
de 76% dos óxidos de nitrogênio. Tanto o enxofre como os óxidos de nitrogênio
têm um papel importante na formação de ácidos na atmosfera que, ao precipitarem
na forma de chuvas, prejudicam a cobertura de solos, vegetação, agricultura,
materiais manufaturados que sofrem corrosão e até mesmo a pele do homem. A
constante deposição de compostos ácidos em rios e lagos afeta a vida aquática e
ameaça toda a cadeia alimentar de ecossistemas. Nos solos, a acidez das chuvas
reduz a presença de nutrientes. Para a saúde humana, a presença de particulados
contendo enxofre e óxidos de nitrogênio provocam ou agravam doenças
respiratórias como bronquite e enfisema, especialmente em crianças. Esse tipo
de problema tem sido verificado em regiões da China, Hong Kong e Canadá que
sofrem os efeitos de termoelétricas a carvão situadas muitas vezes em locais
distantes de onde ocorrem as chuvas ácidas. O consumo de derivados de petróleo
pelo setor de transporte é o que apresenta a maior contribuição para a
degradação do meio ambiente em nível local e global. Estima-se que 50% dos
hidrocarbonetos emitidos em áreas urbanas e aproximadamente 25% do total das
emissões de todo dióxido de carbono gerado no mundo, resultem das atividades
desenvolvidas com os sistemas de transporte.
Além disso, partículas em suspensão decorrentes da queima de
material orgânico ou de combustíveis constituem um problema sério em várias
partes do mundo. Isso ocorre sempre que há queimadas de florestas ou de diesel
e óleo combustível nas áreas urbanas. A baixa qualidade desses combustíveis em
muitos países, aliada à precariedade de veículos, trânsito congestionado e
condições climáticas desfavoráveis em grandes cidades, contribuem para que
exista uma quase permanente concentração de finas partículas no ambiente
urbano. A saúde respiratória fica comprometida para milhões de pessoas expostas
a essas partículas. Devido ao pequeno tamanho dessas partículas, elas vão se
acumulando ao longo do tempo nos pulmões das pessoas e são especialmente
problemáticas porque podem carregar ainda compostos carcinogênicos para esses
órgãos.
O EFEITO ESTUFA
Um dos mais complexos e maiores efeitos das emissões do
setor energético são os problemas globais relacionados com mudanças climáticas.
O acúmulo de gases, como o dióxido de carbono na atmosfera, acentua o [efeito
estufa] natural do ecossistema terrestre a ponto de romper os padrões de clima
que condicionaram a vida humana, de animais, peixes, agricultura, vegetação,
etc. É cada vez mais evidente a constatação de crescentes concentrações de CO2
na atmosfera e o aumento de temperaturas médias. São imprevisíveis as
implicações de mudanças climáticas para os países e suas populações. Alteração
na produtividade da agricultura, pesca, inundações de regiões costeiras e
aumento de desastres naturais estão entre as mudanças provocadas pelas
alterações climáticas esperadas. A seriedade desses efeitos tem sido
reconhecida por diversos estudos científicos internacionais e vários países
estão procurando consenso para uma agenda mínima de atividades para controle e
mitigação de emissões, como o [Protocolo de Kyoto], discutido no âmbito dos
países signatários da Convenção Climática. Infelizmente, ainda não se tem
acordado um sistema de controle de emissões de gases estufa entre os países
industrializados, historicamente os maiores contribuintes para os altos níveis
de concentração desses gases na atmosfera.
O QUE FAZER?
Os desafios para se continuar a expandir as necessidades
energéticas da sociedade com menores efeitos ambientais são enormes. É
praticamente impossível eliminar os impactos ambientais de sistemas
energéticos. O trabalho dos cientistas e analistas de energia é, na verdade,
oferecer alternativas de escolhas para a sociedade e facilitar seu acesso a
esse tipo de informação. No entanto, o problema energético não se reduz a uma
escolha entre tecnologias para atender à crescente demanda de energia. Essa é
uma matéria de grande complexidade, que envolve não só a discussão de aspectos
técnicos, mas também de preferências, padrões de conforto desejados pela
sociedade e custos de energia. Existe urgentemente a necessidade de questionar
os principais condicionantes da crescente demanda de energia: nosso sistema de
urbanização, as atividades econômicas e estilos de vida. Somente mudanças
nessas áreas possibilitarão maior utilização de tecnologias mais limpas e
eficientes, fontes renováveis e descentralizadas. Existem avanços importantes
como o aparecimento de tecnologia de células combustível que são capazes de
gerar eletricidade a partir de elementos como hidrogênio e oxigênio, ou
gasolina, etanol, gás natural, e outros. É um tipo de tecnologia que pode ter
impactos bastante reduzidos quando comparada com as opções existentes de
geração de eletricidade, mas ainda existem limitantes técnicos e econômicos
para maior disseminação. O futuro parece promissor para as células combustíveis
e alguns modelos de pequeno porte já aparecem comercialmente nos EUA e Japão. O
avanço em escala comercial de tecnologias avançadas que reduzam a utilização de
energia e emissões ainda é muito tímida, especialmente no Brasil. Para que seja
possível conceber um futuro mais sustentável do ponto de vista energético é
necessário maior participação de fontes renováveis e maior eficiência para
produção e uso de energia. É fundamental maior compromisso e esforço por parte
do setor público e privado, seja em nível local ou internacional. No caso do
efeito estufa existem três possibilidades para reduzir a contribuição do setor
energético: promover a substituição de combustíveis fósseis por renováveis,
realizar a substituição de combustíveis fósseis por outros com menor conteúdo
de carbono, como o gás natural, e finalmente acelerar a redução do uso de
energia, através de tecnologias eficientes e sistemas menos intensivos em
energia. Essas são as direções que deverão guiar os esforços de inovação
tecnológica para a área energética daqui em diante, para um futuro com menores
impactos ambientais.
1) Qual foi a primeira fonte utilizada pelo ser humano? Térmica.
2) Quais fatores era responsáveis pelo aumento na geração de
energia no mundo? Industria automobilística e a grande
industrialização dos países desenvolvidos.
3) Porque o ser humano precisa de energia? Para atender o crescimento da população e suas necessidades
de desenvolvimento e sobrevivência.
4) Quais são os efeitos para o meio ambiente da produção e consumo
de energia no mundo em escala:
a) Regional: poluição atmosférica.
b) Global: efeito estufa.