sexta-feira, 29 de maio de 2015

7° - Geografia

29/05/15

As grandes cidades e a gestão do lixo urbano
O processo de industrialização e a intensa urbanização das grandes cidades brasileiras trouxeram ao poder público um dos seus maiores desafios: a gestão dos resíduos sólidos.

“A imensa quantidade de lixo gerado nas cidades atuais representa um desafio para seus administradores e sua população. A gestão de resíduos – coleta, tratamento e destino final – é cara, e o quadro é agravado pela falta de planejamento, aliada a ideias equivocadas e muito difundidas sobre o assunto. Ter clareza da complexidade do sistema de limpeza urbana necessário às nossas cidades é decisivo para educar a população e obter sua participação nas soluções. [...]
É da nossa tradição avaliar os serviços públicos de limpeza urbana por dois parâmetros básicos: 1. coleta eficiente do lixo doméstico e 2. varrição metódica de logradouros públicos (ruas, praças etc.) [...].
Esse posicionamento limitado deixa ainda de lado um aspecto decisivo: a preocupação com a destinação final do lixo – que não pode, hoje, abrir mão dos aterros sanitários. Quando essa peça fundamental do sistema de limpeza não existe, são usados vazadouros (os ‘lixões’) e, na melhor das hipóteses, aterros controlados. Nos primeiros, o lixo é jogado indiscriminadamente a céu aberto, sem qualquer cuidado. Nos segundos, os resíduos depositados são ao menos recobertos. São bem conhecidos, em ambos, os consequentes impactos ambientais e na saúde pública. 
Só nos aterros sanitários – obra complexa de engenharia – são atendidos todos os quesitos que possibilitam dar um destino adequado aos resíduos: a compactação e o recobrimento diário dos resíduos, o tratamento do chorume (líquido que se forma a partir da água da chuva e de materiais presentes nos resíduos) e dos gases (sobretudo o metano), o isolamento da área para evitar o acesso de pessoas e animais e, uma vez esgotada sua capacidade, o planejamento do encerramento do aterro e da utilização futura do local. 
Cabe salientar que, por falta de planejamento [...] é cada vez mais difícil encontrar locais disponíveis para aterros sanitários. Quanto mais longe estiverem das áreas urbanas, mais caro se torna o sistema. [...]
Ocorre, portanto, uma confusão entre a questão do destino final (aterros sanitários) e as formas de tratamento dos resíduos. Com isso, a opinião pública é confundida de forma irresponsável [...]. Geramos lixo e temos de dar destino a ele. Certamente diminuir a quantidade de lixo gerando e reaproveita-lo ao máximo são metas mais do que defensáveis – são necessárias. [...]”

1) Qual é a diferença entre lixão, aterro controlado e aterro sanitário? O lixo: é jogado indiscriminadamente a céu aberto sem cuidado; Aterro controlado: Ao menos coberto; Aterro sanitário: São atendidos todos os quesitos ambientais.
2) Quais são os problemas enfrentados pelos municípios na gestão do lixo? É caro a coleta, tratamento e destinação final e é agravado com a fala de planejamento.
3) Qual é a relação entre os processos de industrialização, urbanização e gestão de resíduos sólidos? Os maiores geradores de lixão são as indústrias e com isso afeta depois na urbanização.
4) Com base na leitura do texto, interprete a frase abaixo.
     “O lixo está à frente da sua casa. O caminhão passa e leva-o embora. O problema está resolvido. Ledo engano [...]” O lixo não desaparece quando é recolhido ainda tem seu tratamento e seu destino final, que se não forem feitos de forma correta prejudica todo o ambiente.